Não é sempre fácil seguir esse mandamento. A gente nasce mulher já com um livro de instruções e com muita gente dizendo que “devemos”. E demora pra gente entender que, na verdade, a única coisa que a gente deve é seguir nosso coração. Esse tal de empoderamento não é coisa fácil de conseguir não, viu? É tarefa árdua, diária.
Ser mulher nesse mundo de “deve-se” é um desafio constante, difícil... às vezes cansa. Mas não desistir é uma coisa que vem tatuada na nossa essência. A gente luta pra crescer, a gente luta pra viver, e a gente luta com a gente mesma dia após dia pra desapegar daquilo que dizem que a gente deve, pra então se agarrar àquilo que a gente quer.


É difícil. Quando eu escolhi as fotos desse ensaio, cada hora achava um “defeito”. Verdade seja dita, é muito difícil aprender a admirar aquela gordura, a celulite, a estria... mas aí algumas pessoas aparecem no nosso caminho pra mostrar que isso tudo é nossa história. É alma, é essência. Ter alguém que te olhe, com olhos diferentes do seu, é de uma riqueza infinita. Porque é nesse momento que você percebe que aquilo que tá te incomodando, para o outro, é invisível. E você entende que o maior desafio que existe pra alcançar o tal “empoderamento”, é você mesma.
Parece coisa boba ir fotografar e depois se tornar uma “nova pessoa”, né? Mas não é não. Porque quando se tem lá no outro lado da lente alguém que te ajuda a se amar, que te diz “você é linda desse seu jeito”, surge uma força dentro da gente que nos faz querer acordar todos os dias repetindo esse mantra. E as fotos nos ajudam a não esquecer: que somos inteiras, que somos história e que somos donas de nós mesmas. Nosso corpo é nosso templo. E como todo templo, ele deve ser admirado, respeitado e amado.
Obrigada, Thais. Por me ajudar a valorizar e amar esse meu templo, e a relembrar que a única coisa que a gente deve nessa vida é ser feliz.